A desvalorização da Superliga e as dificuldades dos atletas

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Muitos atletas do voleibol optaram por jogar fora do país, porque o salário e as condições estavam defasados
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Divulgação: Facebook CBV

Com a pandemia, os cortes de investimento aumentaram, consequentemente atingindo o vôlei e os atletas. As dificuldades na Superliga chegaram com a crise econômica provocada pelo Coronavírus. Além disso, as equipes do vôlei nacional perderam patrocinadores e receitas relevantes. Muitos clubes disputaram a competição com graves problemas financeiros, deixando questionamentos em relação ao desempenho e competitividade na disputa. 

Nas últimas edições da  Superliga, chegamos a ter quase todo o elenco da seleção brasileira na competição, o que veremos em quadra a partir de agora será bem diferente. Contudo, para sobreviverem diante da crise econômica no país, os clubes brasileiros elaboraram estratégias para sobreviver a crise e uma delas é a redução do tempo de contrato dos atletas e comissões técnicas. 

Isso dificulta as condições dos atletas de alto rendimento. Além disso, estes atletas têm um salário maior, condições melhores, patrocínio e com os cortes a opção é sair do vôlei brasileiro e ir para o voleibol fora.

A princípio, já temos confirmados vários jogadores da seleção brasileira masculina que foram jogar fora do Brasil, são eles: 

  • Bruno Rezende – Azimut Modena (Itália)
  • Ricardo Lucarelli – Trentino Volley (Itália)
  • Douglas Souza – Vibo Valentia (Itália)
  • Maurício Borges – Vibo Valentia (Itália)
  • Yoandy Leal – Azimut Modena (Itália)
  • Gabriel Vaccari – Tourcoing Lille Métropole (França)

Cenário atual

A grande maioria dos times brasileiros, tem suas receitas baseadas no que os patrocinadores repassam. Porém a participação na Superliga envolve a busca por investidores para que os times possam cumprir as suas obrigações. Segundo o técnico do São Cristovão Fernando Gomes, para conseguir brigar por uma vaga nos playoffs o clube precisa de R$ 2 milhões a R$ 2,5 para ter chance. Por isso, muitas vezes os times optam pelas categorias de base, onde os atletas tem um salário menor e tentam conquistar o seu espaço.

Com o atual cenário a preocupação com o voleibol brasileiro só aumenta, o problema começa na desvalorização do real e a regra básica da economia: 1 dólar hoje equivale a mais ou menos R$ 5,35, enquanto 1 euro está custando mais ou menos R$ 5,78. O que nos faz pensar que, é mais fácil tirar jogadores do Brasil do que trazer estrelas de fora. Com a alta histórica do dólar deve ser cada vez mais comum vermos atletas deixando o país. Pois infelizmente só poderemos nos acostumar e torcer por dias melhores. 

Superliga 2021/22

O Coronavírus trouxe mudança e adaptação para o voleibol, já sabemos que nada será igual. Mas o que esperar da Superliga 2021/22? Temos que esperar para ver, já que a Superliga feminina está prevista para começar dia 29/10 com 12 equipes participantes sendo elas: Brasília Vôlei (DF), Curitiba Vôlei (PR), Dentil/Praia Clube (MG), Pinheiros (SP), Fluminense (RJ), Itambé/Minas (MG), Osasco São Cristóvão Saúde (SP), Country Club Valinhos (SP), Unilife-Maringá (PR), Barueri Volleyball Club (SP), Sesc RJ Flamengo (RJ) e Sesi Vôlei Bauru (SP).

Já a masculina  inicia dia 23/10 Azulim Gabarito Uberlândia (MG), Funvic (SP), Apan Eleva Educacoin (SC), Brasília Vôlei (DF), Fiat Gerdau Minas (MG), Montes Claros América Vôlei (MG), Goiás Vôlei (GO), Sada Cruzeiro (MG), Sesi-SP, Vedacit Vôlei Guarulhos (SP), Vôlei Renata (SP) e Farma Conde Vôlei (SP).  

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