Beatriz Ferreira vence quartas de final mas não se satisfaz com bronze

A brasileira vai atrás do posto mais alto da competição

Beatriz Ferreira venceu Raikhona Kodirova, do Uzbequistão, por decisão unânime. O triunfo nas quartas de final assegurou que ela vai medalhar no torneio. Na próxima etapa, Beatriz enfrentará Mira Potkonen, com quem a baiana tem uma longa história de rivalidade.

O resumo da luta

Apesar do casamento de estilos complicado para a brasileira, considerando que Kodirova é canhota e tem vantagem no alcance, Beatriz conseguiu superar a oponente usando a velocidade e o melhor tempo de entrada a seu favor. Dessa forma, ela venceu o round inicial com clareza usando golpes na curta.

No assalto intermediário, a uzbeque foi mais agressiva. Ainda assim, Beatriz não teve problemas para adaptar a estratégia. A baiana passou a golpear com cruzados de esquerda como contragolpe e conectou bons ganchos no abdômen da adversária.

Kodirova abriu o terceiro assalto com bons socos na longa distância, mas a brasileira pouco a pouco encurralou a uzbeque e acertou cruzados e uppers potentes na oponente. Assim, os últimos dois minutos de luta foram de domínio pleno de Beatriz, que venceu na decisão unânime dos cinco jurados.

Em busca do ouro

O resultado garantiu que a atual campeã mundial sairá de Tóquio pelo menos com o bronze. A brasileira comemorou o resultado conquistado até agora, e saudou os parceiros de equipe, Abner Teixeira e Hebert Conceição, que também conquistaram espaço no pódio. Ainda assim, ela deixou claro que não está satisfeita em ser a terceira melhor da competição.

“Conseguimos, já temos 3 medalhas garantidas, mas estamos treinando para o lugar mais alto do pódio. Ninguém pode se contentar só com o bronze” – Beatriz Ferreira

Enquanto a brasileira dava a entrevista pós luta, o combate que determinaria a sua próxima oponente acontecia. Assim, ela foi perguntada sobre quem preferia enfrentar, e deu de ombros. “Tanto faz. Já enfrentei as duas. Pode confiar, aqui é Brasil”, decretou.

Antiga Rival

Dessa disputa que era travada enquanto a brasileira falava, saiu vencedora uma atleta de nome complicado, mas familiar para a Beatriz: a finlandesa Mira Potkonen, com quem a baiana já dividiu o ringue três vezes. O placar é favorável para a europeia, mas foi a baiana que venceu o duelo mais recente entre elas, em fevereiro deste ano.