Vaiado pela primeira vez no Athletico, Wesley Carvalho não teme as críticas

O técnico interino do Athletico, Wesley Carvalho, tratou com naturalidade as críticas vindas das arquibancadas da Ligga Arena, após o empate diante do Fluminense, neste domingo (27), pela 21ª rodada da Série A.

Outrora elogiado, o comandante foi duramente criticado pela torcida do Furacão, que pediu sua saída, especialmente após o Rubro-Negro ter levado a virada no placar.

Mesmo ao fim do jogo, quando Vitor Roque conseguiu salvar um ponto para o clube, a torcida não poupou Wesley Carvalho das vaias. 

Apesar disso, o comandante do Athletico disse não ter medo das críticas, e salientou que a melhor maneira de respondê-las é com trabalho. 

Tranquilo. Estou em um clube grande e tenho que passar por isso com naturalidade. O que eu tenho que fazer é trabalhar para convencê-los (torcedores) de que temos competência. É focar nos atletas e nos jogos, para buscar os resultados, que infelizmente não estão vindo como gostaríamos, mas eu ressalto que estamos em sétimo lugar, há sete partidas sem perder.

ANÁLISE DO EMPATE DO ATHLETICO

O treinador interino do Furacão também destacou outros pontos na coletiva pós-jogo. Uma das situações analisadas foi a maneira como a equipe se portou em campo.

Após sair na frente do placar, o Rubro-Negro acabou tendo seu desempenho prejudicado depois que Vinicius Kauê acertou uma cotovelada em Leo Fernández e foi expulso de campo pelo árbitro Raphael Claus, logo aos 18 minutos do primeiro tempo.

Isso fez com que o Athletico tivesse que modificar a sua maneira de jogar. Apesar disso, Wesley Carvalho elogiou o desempenho apresentado pelos jogadores.

É parabenizar os atletas, que se dedicaram, correram e se superaram contra uma grande equipe. Sabemos da proposta de jogo do Fluminense e do Diniz. Muitos times não conseguem pressionar com onze jogadores, e nós conseguimos com um a menos. É de se ressaltar a entrega dos jogadores.

VITOR BUENO

Ainda em relação ao desempenho na partida, outro ponto destacado pelo técnico interino do Athletico foi a saída do meia Vitor Bueno.

O comandante precisou sacar o jogador para dar lugar a Zé Ivaldo, logo após a expulsão de Vinicius Kauê. Esse foi um dos motivos pelas vaias vindas das arquibancadas.

No entanto, Wesley Carvalho justificou a mudança, que foi necessária para recompor a defesa.

Com um jogador a menos, não seria possível ter o Vitor Bueno, por suas características. Ele nos dá muita qualidade técnica, nas bolas paradas. Mas temos que entender qual o momento do jogo para fazer as trocas. Era a melhor decisão a ser tomada.

OPORTUNIDADES AOS ATLETAS

Por fim, Wesley Carvalho também comentou sobre as oportunidades que alguns jogadores tiveram, como o caso do próprio Vinicius Kauê e também do goleiro Léo Linck.

Revelados na base do Athletico, os dois jogadores foram a campo após Esquível e Bento sentirem pequenos desconfortos musculares, na véspera da partida. 

O arqueiro foi um dos melhores em campo, e teve sua atuação destacada pelo treinador, que não deixou de valorizar as chances dadas a esses atletas.

As oportunidades sempre vão aparecer em momentos assim, de adversidade. Eles precisam estar prontos para isso. O meu trabalho é focar em apoiar esses atletas, em revelar esses atletas. É o meu perfil e também o do clube, para que eles façam o seu melhor. Isso para mim, não tem preço.

Com o empate conquistado, o Athletico terminou a 21ª rodada na sétima posição, com 33 pontos, três atrás do Flamengo, que fecha o G4. O próximo compromisso será diante do Atlético-MG, novamente na Ligga Arena, no próximo sábado (02), às 16h, pela 22ª rodada.

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