Análise: UFC Dumont x Ladd

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Dumont, Luta, MMA

LAS VEGAS, NEVADA - OCTOBER 15: (L-R) Opponents Aspen Ladd and Norma Dumont of Brazil face off during the UFC Fight Night weigh-in at UFC APEX on October 15, 2021 in Las Vegas, Nevada. (Photo by Chris Unger/Zuffa LLC)

Dumont se considera favorita e propôs a criação de um cinturão interino para a vencedora

Imagem: Chris Unger/Zuffa LLC.

Norma Dumont e Aspen Ladd fazem o combate principal do UFC deste sábado. A brasileira é favorita para vencer o duelo, e se isso se confirmar, ela pode ser a próxima que disputará o ouro da categoria.

Originalmente, a brasileira enfrentaria a ex-campeã peso galo, Holly Holm, que se lesionou e foi substituída pela Aspen Ladd. A atleta reserva lutaria no dia 2 de outubro, porém não conseguiu bater os 61 quilos e foi retirada de seu combate por não estar em condições de competir.

Derrota na balança

Essa foi a terceira vez que Ladd ficou acima do peso da categoria dos galos. Assim, o UFC deve exigir que ela se estabeleça na divisão de cima. E, para a estreia nos 64 quilos, ela foi colocada para repor a oponente de Norma.

Ainda assim, ter uma luta marcada com tão pouco tempo depois de sofrer na balança pode afetar a performance de Ladd, e a brasileira sabe disso. Norma vivenciou uma experiência parecida quando venceu sua última luta contra Felicia Spencer, porque três semanas antes ela saiu de um combate no peso galo por não perder o peso necessário.

E apesar dos 21 dias de recuperação, ela ainda sofreu com as sequelas da dieta e teve dores abdominais no último round contra Spencer. Por isso, a mineira vai mirar os golpes na cintura de Ladd.  “A Ladd provavelmente estará desgastada pelo corte de peso, e eu vou explorar isso. E, sou melhor na trocação: a Aspen se expõe muito quando ataca e eu sou contragolpeadora”, revela.

Treino de ponta

Norma garante que sua luta agarrada também é sólida. Ela está morando em Las Vegas desde abril e treina na Syndicate MMA, que tem excelentes atletas no jogo de queda. Em entrevista ao Tirando a Bandagem, a brasileira disse que tem o melhor suporte desde que começou a competir, porque está treinando com outras atletas femininas e do peso dela.

“Ladd provavelmente estará desgastada pelo corte de peso, e eu vou explorar isso. Além disso, sou melhor na trocação: a Aspen se expõe muito quando ataca e eu sou contragolpeadora” Norma Dumont

Mas apesar das desvantagens, Ladd não é carta fora do baralho. A americana tem queixo duro e mão pesada. Não é a toa, que de seus nove triunfos, seis foram por nocaute. Além disso, ela é faixa preta de Jiu Jitsu e é agressiva com os golpes no chão.

Se o favoritismo de Norma se confirmar, ela fica próxima de enfrentar a melhor lutadora de todos os tempos, Amanda Nunes. A baiana detém tanto o cinturão peso galo quanto pena, mas a divisão até 64 quilos tem pouquíssimas atletas. E, Norma claramente seria a melhor da categoria. A mineira propôs uma disputa de cinturão interino entre ela e sua oponente original, Holly Holm.

Dessa forma, o título interino permite que Amanda faça a defesa do cinturão dos galos, que está marcada para dezembro contra Juliana Pena, sem travar a classe dos 64 quilos. Uma luta entre a campeã dos penas e Norma marcaria a primeira vez que duas brasileiras disputam o ouro desde que a Leoa derrotou Cris Cyborg.

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