Athletico volta a perder uma decisão por pênaltis após cinco anos

A derrota nos pênaltis para o Bolivar-BOL e a consequente eliminação do Athletico em plena Ligga Arena, pelas oitavas de final da CONMEBOL Libertadores, ainda seguem repercutindo no clube.

Além da tristeza pela perda da vaga e da chance de ficar entre os oito melhores clubes do continente, o Furacão viu cair outra marca diante dos bolivianos: a da hegemonia na marca do pênalti.

Nos últimos anos, o Rubro-Negro se acostumou a ser um “clube copeiro”, o que foi essencial para os títulos de bicampeonato da Copa Sul-Americana (2018 e 2021) e da Copa do Brasil (2019).

Em todas essas competições vencidas pelo Furacão, existia algo em comum: o forte retrospecto nas disputas por pênaltis.

CINCO ANOS DE INVENCIBILIDADE DO ATHLETICO

Até a fatídica eliminação para o Bolivar-BOL, na última terça-feira (08), o Furacão vivenciou uma incrível sequência de cinco anos sem ser derrotado em uma disputa de pênaltis.

A última vez que havia sido derrotado tinha sido no dia 18 de fevereiro de 2018, quando perdeu para o Rio Branco por 6 a 5, na partida única da semifinal da Taça Dionísio Filho, o primeiro turno do Campeonato Paranaense daquela temporada.

Após aquela eliminação, o Athletico sustentou incríveis dez vitórias em sequência nas penalidades máximas, no período de março de 2018 à maio de 2023:

• 15/03/2018 – Ceará (5) 1×1 (6) Athletico – Copa do Brasil (terceira fase);
• 31/10/2018 – Athletico (4) 0x1 (1) Bahia – Copa Sul-Americana (quartas de final);
• 12/12/2018 – Athletico (4) 1×1 (3) Junior Barranquilla-COL – Copa Sul-Americana (final);
• 10/04/2019 – Athletico (7) 1×1 (6) Coritiba – Campeonato Paranaense (final 2ª turno);
• 21/04/2019 – Athletico (6) 1×1 (5) Toledo – Campeonato Paranaense (final);
• 17/07/2019 – Flamengo (1) 1×1 (3) Athletico – Copa do Brasil (quartas de final);
• 04/09/2019 – Athletico (5) 2×0 (4) Grêmio – Copa do Brasil (semifinal);
• 20/03/2022 – Athletico (4) 2×1 (2) Londrina – Campeonato Paranaense (quartas de final);
• 25/04/2023 – Athletico (4) 2×1 (2) CRB-AL – Copa do Brasil (3ª fase);
• 31/05/2023 – Botafogo (2) 1×0 (4) Athletico – Copa do Brasil (oitavas de final).

INFELICIDADE

Um dos heróis da final da Copa Sul-Americana de 2018, ao bater o pênalti decisivo contra o Junior Barranquilla-COL, o zagueiro Thiago Heleno acabou tendo uma noite de vilão diante do Bolivar-BOL, ao perder a derradeira cobrança, chutando no travessão.

Após o lance, o general da Baixada, que também é um dos grandes ídolos da história do Furacão, desabou no gramado, incrédulo. Ele foi consolado pelos demais jogadores e teve seu nome gritado pelos torcedores que compareceram à Ligga Arena.

Em entrevista coletiva na zona mista do estádio, após o confronto, o zagueiro tratou o lance como sendo uma infelicidade, e não fugiu da responsabilidade por conta do erro.

Tive esse momento de infelicidade. Não é por causa de um pênalti que vou me enfiar dentro de um buraco e achar que tudo está errado. Não tem que ficar lamentando. Eles foram felizes nos pênaltis, como nós fomos em outras vezes. Uma hora ia acabar acontecendo, e fui eu que errei.

A quebra da sequência positiva na disputa de pênaltis também derrubou outra marca relevante. Foi apenas a segunda vez na história da CONMEBOL Libertadores, que um clube boliviano eliminou um brasileiro. Na outra ocasião, em 2017, o Jorge Wilstermann foi o algoz do Atlético-MG.

Agora, resta ao Athletico apenas a disputa da Série A, na qual está na sétima colocação, com 28 pontos. A meta do Furacão é terminar no G-6, para voltar a disputar a principal competição do continente em 2024, ano do seu centenário.

O próximo desafio será diante do Cuiabá, na terça-feira (15), às 20h, na Ligga Arena, pela 19ª rodada.

Para mais informações do Athletico, clique aqui.